Moradores de Fukushima passam por testes para descobrir se foram contaminados
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos disse ter detectado indícios de radiação na água da chuva de diferentes Estados americanos, como Alabama, Califórnia, Havaí, Idado, Nevada, Washington, e em territórios do país como Ilhas Mariana do Norte e Guam.
A agência divulgou comunicado no qual afirma que ''a quantidade de isótopos radiativos é condizente com o incidente nuclear japonês'', em referência às explosões que ocorreram na usina de Fukushima Daiichi, pouco após o tsunami e o terremoto que abalaram o Japão no último dia 11 de março. A agência acrescentou, entreanto, que eles não constituem um perigo para a saúde.
Já o Ministério da Proteção Ambiental da China disse que doses ''extremamente baixas'' do iodo-131, um material radioativo, têm sido encontrados nas zonas costeiras do país, como Guangdong, Jiangsu, Xangai, Zhejiang, Anhui e Guangxi.
O ministério já havia detectado vestígios de material radioativo no ar da província de Heilongjiang, no nordeste do país.
Mas as doses encontradas, de acordo com o ministério, foram tão pequenas que não representam ameaça para a saúde pública. O ministério chinês afirmou ainda que não seria necessária a adoção de qualquer medida especial.
A empresa japonesa Tokyo Electric Power (Tepco), que administra a usina nuclear de Fukushima Daiichi, anunciou na segunda-feira (28) que técnicos detectaram plutônio no solo de cinco locais da usina Fukushima Daiichi.
Drama nas instalações de Fukushima, que abrange seis reatores, ampliou a agonia do país depois do desastre natural que matou pelo menos 11 mil pessoas e deixou mais de 17 mil desaparecidos e cerca de 250 mil desabrigados no norte, a região devastada.
Em um comunicado divulgado por volta de meia-noite local em Tóquio, o vice-presidente da Tepco, que está sob pressão, pediu desculpas pelo anúncio, por ter de deixar as pessoas ainda mais preocupadas, mas enfatizou que os vestígios de plutônio 238, 239 e 240 não são perigosos.
'O plutônio encontrado desta vez está num nível semelhante ao visto no solo em um meio normal e não está no nível prejudicial à saúde humana', disse o vice-presidente Sakae Muto a jornalistas.
Muto afirmou que o material era similar ao achado no passado em outras partes do Japão pelo fato de partículas terem, então, sido levadas pela atmosfera, depois de testes nucleares no exterior.
A Tepco informou não estar clara a origem do plutônio, embora parece que dois dos achados estejam relacionados aos danos na usina e não à atmosfera.
Especialistas acreditam que além de vir da atmosfera, o plutônio pode ter origem das áreas de Fukushima onde é feita a deposição de combustível nuclear usado ou dos danos ao reator no. 3, o único que utiliza combustível de plutônio.
A agência nuclear da ONU, a AIEA, disse que já se previa a localização de plutônio no solo. 'Isso significa que há degradação do combustível, o que não é novidade', afirmou o alto funcionário da AIEA Denis Flory.
A agência nuclear do Japão demonstrou preocupação. 'Embora não seja de um nível prejudicial aos seres humanos, não estou otimista. Isto significa que o mecanismo de contenção está sendo vazado, por isso acho que a situação é preocupante', disse Hidehiko Nishiyama, funcionário do órgão japonês de supervisão nuclear, segundo a agência de notícias Jiji.
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